Após cada instituição produtora ter apontado as lacunas de informação em suas bases de dados, foi feito um segundo esforço para identificação de lacunas, levantamento de diferenças conceituais e demandas por áreas temáticas.
Para a identificação de lacunas no tema Trabalho, foi formado um grupo de estudo composto por representantes do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Ministério da Previdência Social – MPS, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O grupo tomou como ponto de partida a Convenção 160 da OIT que trata das estatísticas mínimas para o mercado de trabalho. Das recomendações da OIT, o grupo identificou que ainda há espaço para melhoria das informações ou existência de lacunas para os seguintes itens: custo da mão de obra; lesões e enfermidades provocadas por acidentes de trabalho; e conflitos do trabalho. Além destes, foram feitas considerações sobre terceirização e subcontratação.
Apesar da vasta gama de informações existentes referentes à educação, o Inep identificou lacunas baseadas nos questionários respondidos pelo Inep a Organismos Internacionais e diferenças metodológicas entre pesquisas.
O conceito de pobreza propriamente dito, considerando suas características multidimensionais, em si já representa uma lacuna, pois depende necessariamente da capacidade de consenso analítico entre as políticas intersetorialmente. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS fez um primeiro levantamento de lacunas sobre pobreza, considerando não apenas a pobreza monetária, mas também a perspectiva do desenvolvimento social. Para tanto, ouviu as diferentes secretarias do ministério e verificou quais informações seriam importantes para os eixos de atuação do Programa Brasil sem Miséria e a para a temática da Segurança Alimentar e Nutricional, que está bastante associada ao termo Combate à Fome. Foram sugeridas modificações nas pesquisas domiciliares e nas demais pesquisas, tais como inclusão de questões e maior detalhamento em questões já existentes.
Na área de Saúde, foram identificadas situações relativas ao controle da tuberculose, falta de informações epidemiológicas associadas às prisões (eventos, territórios, sujeitos) e novas demandas para o tema.
Na área de Justiça, foi apontada a dificuldade de obtenção de dados oficiais consolidados, integrados, padronizados e atualizados sobre segurança pública e criminalidade.